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Mickey 17 - ★★

  • Foto do escritor: Gabriel Iskren
    Gabriel Iskren
  • 30 de mar.
  • 3 min de leitura

Amigos, podemos estar falando da maior decepção cinematográfica da minha vida até o presente o momento. Mas, como diria o visionário Jack do vulgo O Estripador, vamos por partes.


Mickey 17 é a história de um camarada que leva o nome do filme que — em um futuro meio alternativo — tem a função de "servir de cobaia" em situações onde existe um risco de morte muito grande. Ele tem essa função porquê caso ele morra, as pessoas desse futuro conseguem imprimir um novo Mickey e continuar os testes.


Mas antes de eu tecer qualquer comentário sobre esse filme, é importante salientar que ele é baseado (ou adaptado sei lá, meio que tanto faz essa terminologia e vocês vão entender o motivo) no livro "Mickey 7". Livro esse que eu tive o prazer de ler e conhecer antes do lançamento do filme e talvez (talvez nada, eu tenho certeza) por isso a minha decepção com esse filme foi astronômica.


Antes de falar dos pontos negativos, vamos aos pontos positivos: a atuação do Robert Pattinson, a direção do Bong Joon Ho, a trilha sonora do Jung Jae-il e a edição do Yang Jin-mo. Dito isso, vamos aos pontos negativos.


Mickey 17 tem só uma função que é adaptar o livrasso que é Mickey 7, e nessa única missão que ele tem, ele consegue falhar miseravelmente e é bizarro. Quando eu cheguei do cinema eu estava incrédulo e fui folhear o livro para ver se eu tinha deixado algo passar e infelizmente não foi o caso. Todas as decisões criativas do filme são péssimas e eu posso citar exemplos disso:


1º - A mudança na personalidade dos personagens: O Timo não é um traficante. O Mickey não é um vendedor de macarrão. O Marshall não é um — eu não consigo achar adjetivos para descrever o que eu penso do Marshall do filme, mas ele não é aquilo. E a Nasha... na verdade a Nasha eles acertaram, parabéns.


2º- A invenção de moda total e completamente desnecessária: Os personagens que eu mais odiei nesse filme foram os da Ylfa (interpretada pela Toni Collette) e o do Marshall (interpretado pelo Mark Ruffalo). Porém não é pela interpretação dos atores, que é bem decente até, mas sim pelo motivo de que a Ylfa simplesmente não existe no livro e que o Marshall não é um ditador gado metido a Sílvio Santos da rede TV. Além disso, tem também toda o dilme final dos rastejadores com os filhotes, e a explosão de cérebros, e a conversa com o 17 e a morte do 18 com o Marshall que de novo, não existem no livro. Tudo foi uma invenção de moda totalmente desnecessária.


3º- A superficialidade das implicâncias filosóficas, empíricas, espirituais e/ou religiosas. Tudo nesse filme é como se fosse aquela camada fina de gelo que surge quando a água começa a congelar de tão superficial que é. As relações dos Mickeys com a Nasha, com o Timo, com o Marshall, com a Kai são muito mal exploradas e mal desenvolvidas. A própria relação do Mickey 17 com o 18 é uma pachorra. Eles reduzem todo o diálogo sobre a existência, vida, morte, alma, corpo para entregar uma relação de ciúmes entre duas pessoas que são a mesma pessoa.


Enfim, eu tentei por algum tempo desvincular o que eu li do que eu assisti, mas infelizmente não consigo e por isso a minha opinião é que esse filme é bem ruim, mas pode ser que você que não leu o livro tenha gostado muito e tudo bem também, mas para mim são 2 estrelas e achando muito ainda.

 
 
 

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Para críticas, sugestões ou bate papos, entrem em contato através desse email: gabrieliskrencinefilo@gmail.com

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