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A Substância - ★★★☆

  • Foto do escritor: Gabriel Iskren
    Gabriel Iskren
  • 20 de out. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 10 de fev.



A Substância é um filme bom, mas nem tanto


Ando assistindo "filmes de terror" com mais frequência do que me orgulho, mas esse com certeza é o melhor que vi nos últimos tempos até porque não é beeeeem um terror do tipo que vai te assustar, mas vai te dar ânsia de vômito por várias vezes no decorrer do filme.


Se é o melhor terror que eu vi nos últimos tempos, por quê a nota é só 3,5? Vocês devem se questionar. Para responder, vamos à crítica, mas antes um breve resumo da premissa do filme para entender a crítica depois:



A substância é a história de uma estrela de Hollywood que, assim como todo ser humano, tem a sua beleza corporal depreciada pelo passar do tempo. Com a intenção de continuar bela e formosa por mais tempo ela acaba decidindo ingerir uma droga que promete "mostrar" ao mundo uma versão mais bonita de si. Até aqui tudo lindo, tudo show de bola, mas temos algumas regras para isso: ela só pode ficar na sua "nova versão" por 7 dias (já que uma vez que você escolhe uma versão, a outra fica "vegetando") depois tem que voltar para a "velha versão" por mais 7 dias e depois pode voltar para a nova e depois para velha e ficar nesse revezamento maneiro para não rolar nada de horrível. Essa é a premissa principal do filme


A versão mais velha e feia é interpretada pela Demi Moore enquanto que a versão mais nova e bonita é interpretada pela Margaret Qualley. Já adianto que as duas entregam uma AULA de atuação e eu acredito fortemente que deve sair indicação do Oscar aqui, mas fato é que apesar de ser 1 mais nova e outra mais velha elas NÃO são a mesma pessoa.


A dualidade mostrada aqui é simplesmente perfeita, pois esse filme é uma crítica social maneira ao louvor do belo que a sociedade (e principalmente a mídia) tem. Então a personagem mais velha vai sempre voltar a personagem mais nova por conta dos holofotes que a mais nova consegue em virtude da sua beleza, ainda que essa troca de personalidade seja o motivo que venha matar a personagem mais velha e aqui eu entro no motivo para esse filme ser nota 3,5.


Até o momento da morte da personagem mais velha esse filme estava se provando ser a sétima arte do cinema (até porque toda a fotografia desse filme e a direção de som são coisas de outro mundo), mas depois que acontece a separação das personagens e uma mata a outra e começa um rolê de sobrevivência da mais nova e o surgimento de um monstro esse filme se perde maneeeeeiro. Sério, esse roteirista se segurou o filme todo para no final pesar a mão e abraçar a insanidade e a loucura. Perde total sentido o 3º ato do filme.


De qualquer forma a crítica é feita e toda a fotografia e montagem do filme são muito bem-feitas com ênfase principal no som desse filme que foi o que quase me fez vomitar umas 3 vezes durante o filme. Entretanto nada disso é suficiente para salvar a decepção que o final do filme me entregou e por isso ele recebe a nota 3,5 de 10: é um filme bom, mas nem tanto.

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Para críticas, sugestões ou bate papos, entrem em contato através desse email: gabrieliskrencinefilo@gmail.com

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